Somos Georgea e Luiz , pais da Luiza Leal e do Lucas Leal, cardiopata de ventrículo único, 25 anos e na fila de transplante de coração no incor, em São Paulo. Somos do Rio de Janeiro, mas nos mudamos recentemente para São Paulo para que ele tenha essa chance de ter uma vida nova e plena. Ele está internado desde o dia 16 de março e dia 10 de abril entrou na fila de transplante. Temos tido dias intensos, o emocional fica abalado e o medo nos consome, mas estamos firmes acreditando que esse coração chegará e ele poderá viver bem.
Quando eu descobri a cardiopatia do Lucas, tinha 27 anos e estava grávida de 5 meses. E, 4 meses antes, tinha descoberto que era portadora de diabetes tipo 1. Fiquei apreenssiva e me culpei muito pela cardiopatia dele. Lucas foi diagnosticado com HVD, CIA, ampla CIV, atresia da arteria pulmonar, Dextrocardia. Foi uma fase bem difícil, mas conseguimos, eu, meu esposo e minha filha, então com 4 aninhos superar a gestação tão dificil . Lucas nasceu 11/12/1996, fez o primeiro cateterismo com 2 dias de vida e a primeira cirurgia, cujo nome é Blalock, com 3 dias de vida. Aos 11 meses, outra cirurgia de correção chamada Glenn e aos 12 anos a última que se chama fontan.
Durante esse período, fez vários cateterismos, ecotransesofagico, angioressonancia, exames laboratoriais, mas também, estudava, fazia natação recreativa, Yoga, lia muito, brincava com seus amigos, como qualquer criança da sua idade. A vida nunca foi tão fácil, mas também nunca foi tão difícil. Com 15 anos, já no ensino médio, teve uma queda brusca de saturação e descobrimos que precisava colocar 3 stents na arteria pulmonar e 2 próteses no seio coronariano. Viemos para São Paulo e fez esse procedimento por cateterismo. De lá pra cá, fazia somente acompanhamento de 6 em 6 meses com cardiopediatra, apesar da idade, devido a cardiopatia congênita. Fez estágio, terminou a faculdade ( Ciências da Computação), arrumou emprego, tinha uma vida normal, somente com uso de medicação e fazia reabilitação cardiaca. Até que em janeiro/2022 pegou covid e foi onde tudo deu uma reviravolta. Começou a se sentir muito cansado, dessaturando e a função ventricular cada vez mais fraca. Resolvemos trazê-lo no Incor em São Paulo para uma avaliação com a Dra #EstelaAzeka e descobrimos que talvez houvesse necessidade de um transplante. Ficamos apavorados, mas mantemos nosso pensamento firme e na fé. Esse será um relato desse período internado na fila de transplante. A espera, a ansiedade, o dia a dia dele.
Muita Força pra vocês Ge. Que Jesus derrame Sua proteção, coragem e que aumente a Fé de vocês. E tudo vai dar certo. Beijão em todos vocês. Jorge
ResponderExcluirGeorgea e Luiz, vai dar tudo certo! Estamos todos aqui em casa torcendo pelo Lucas! Um grande beijo! Flavia, Sônia e Pedro Arthur.
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