Mas ele foi crescendo e tendo que assumir algumas responsabilidades, como medicação, terapia, dentista, estudos, atividades escolares e cursos ( inglês, desenho, yoga, natação recreativa), faculdade, estágio, não fazer esforço além do seu limite, e por aí vai....e ele ía bem, uma vez ou outra o lembrava que nós estaríamos sempre por perto, mas que a vida era dele e precisava cuidar, lembrar das suas obrigações.
Mas quando chegamos aqui, em março, e ele soube da necessidade de um suposto transplante, sua cabeça entrou em parafuso, ficou muito desanimado, até mesmo sem perspectiva de uma vida futura e foi aí que conhecemos a Maíra, uma das psicólogas daqui do Incor que o atendeu, e manteve todo cuidado com ele, a principio diário e depois semanal. Além da Maíra também vinha a Natália e outras do serviço de cuidados psicológico e Humanismo. Além da assistente social, que sempre estava pronta para nos auxiliar em todo o processo inicial de internação longa e adaptação.
Agora ainda estamos na caminhada da longa espera, mas ele parece o Lucas de sempre. Retraído, inicialmente, mas brincalhão e muito amigo com todos. Se inscreveu em duas pós graduações, on line e está cursando.
-Desenvolvimento -Inteligência artificial e date analitico
Lê muito todos os dias,, ele tem muitas HQ, assiste vídeos e joga com os amigos on line, como sempre, isso, juntamente com a terapia, o está ajudando a passar o tempo, nessa fase tão difícil.
É complicado para qualquer um sentir sua vida parada, com medo de não dar tempo nessa espera tão desgastante, onde as pessoas vem e vão, trabalham, estudam, fazem atividades, saem, namoram, "curtem", principalmente quando se tem 25 anos.